Cultura acessível a/para todos?

Hoje deixo um episódio caricato no Teatro São Luiz durante a peça "O Que se Leva Desta Vida" de 2009, onde uma visita de um grupo de idosos do Inatel se revoltou com o conteúdo, interferindo com apupos e insultos durante a representação.

Uma situação característica do panorama das instituições culturais em Portugal, onde a formação de públicos continua a ser relegada para segundo plano. No entanto, é a interacção entre visitantes e a instituição que não funciona em muitos casos. A falta de preparação das visitas (funcionários, guias, visitantes, escolas, famílias,etc) e as falsas expectativas criam animosidades entre visitantes e as instituições culturais, que não permitem um crescimento económico, pedagógico e lúdico da actividade cultural.

Neste sentido o trabalho colectivo entre as partes envolvidas e a orientação dos serviços educativos abre portas a uma cultura acessível a todos e não para todos, visto que os gostos por mais que se trabalhem, não se podem negar nem excluir.

Educação Ambiental

Hoje opto por colocar uma montagem de fotos referentes a alguns trabalhos que tenho realizado na área da Educação Ambiental.

Foram várias as instituições com as quais colaborei em projectos que promovem a valorização e o respeito pela Natureza, através de actividades estimulantes e criativas, como jogos lúdico-pedagógicos, ateliês criativos de artes plásticas, criação de ninhos e sinalização de espécies vegetais, etc.

Disto mesmo são exemplos instituições culturais e ambientais como: o Museu da Quinta de Santiago, a Pluri-diverte, a Formato Verde, a Sítios e Memórias, a Catavento, etc.

Visto que acabamos de entrar na Primavera, a Educação Ambiental apresenta-se como uma fonte de riqueza e oportunidades para promovermos a herança mais rica em termos patrimoniais da nossa sociedade: o Património Natural!

Fica aqui o desafio reforaçado para  a votação e discussão pública das 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

 [Miguel de Memórias]

7 Maravilhas Naturais

No seguimento do post de Mafalda Ortigosa na Plataforma: http://www.7devaneios.com/ onde aborda a votação das 7 Maravilhas Naturais.

Assim deixarei aqui as minhas escolhas e espero iniciar, quem sabe um debate sobre esta votação.


Deste modo a minha votação foi a seguinte:

-Floresta Laurissilva

-Parque Natural da Arrábida

-Furna do Enxofre

-Pontal da Carrapateira

-Ponta de Sagres

-Lagoa das Sete Cidades

-Parque Natural da Peneda-Gerês



Estas foram as minhas opções face às existentes, umas pelo conhecimento presencial e outras pelo desejo louco de as vivenciar.

No entanto é com estranheza a ausência de um dos meus locais preferidos e arrepiantes pela sua totalidade o Parque Natural do Douro Internacional.

Espero receber diferentes opiniões e escolhas!

Junto anexo esta imagem captada em Miranda sobre estas maravilhas do trabalho do ser humano na Natureza, acompanhado desse grande amigo e companheiro de projectos desde o tempo de Escuteiro até ao mais recente 7 Devaneios - João Martins "Pi"

7 Devaneios no Grande Porto

Apresentação Pública 7 Devaneios

Tradição Musical no Presente

Aproveito para deixar a sugestão de vários projectos que se têm desenvolvido nos últimos anos e que bebem na tradição a inspiração e se adaptam à musicalidade actual unindo gerações, preservando a memória, animando o mundo de lendas, estórias e heróis. Do corridinho ao mundo escuro do fado, a tradição ganha cor e brilha cada vez mais com projectos como os Diabo na Cruz, Quadrilha, Deolinda, os velhinhos Quinta do Bill e o inspirador projecto Megafone do malogrado João Aguardela, etc.

Desta forma gostava que me deixassem a vossa opinião destes projectos e informações de outros relevantes para a valorização da Memória com um toque de modernidade!

Termino com a sugestão do concerto dos Diabo na Cruz no Passos Manuel (Porto), dia 5 de Março pelas 22h30.

[Miguel Fonseca]

O Passado

O Passado, dá-nos um sentido de identidade, de pertença e torna-nos mais conscientes da nossa continuidade como pessoas através do tempo. A nossa memória colectiva moldada pelo passar do tempo não é mais do que uma viagem através da história, revisitada e materializada no Presente pelo legado material do Passado que é composto por símbolos particulares que alimentam no ser humano a reconfortante sensação de permanência no tempo e o sentimento de pertença e partilha de algo comum com as pessoas com que nos deparamos no nosso dia-a-dia, nas mais variadas situações. Os objectos do Passado proporcionam estabilidade ao nosso Presente e permitem-nos e pensar e idealizar o Futuro, pois se o Futuro é aquele destino essencialmente incerto e o Presente aquele instante fugaz, a única certeza que o ser humano possui é a verdade irrefutável do Passado.

Texto realizado em colaboração com Vanessa Monteiro em 2008 in "Ponte para Ti, Pitões para Mim"

[Miguel Fonseca]